8 de junho de 2009

Por Dentro da ROTA 77

Na música brasileira, o que não falta é gente buscando seu lugar ao sol. O amor à música e o "dom" pra ser pop star já não são suficientes. É preciso técnica, qualidade, inovação e ousadia pra conquistar o mercado, e paixão pra conquistar o público, que ainda se mantêm fiel à idéia do original do rock´n roll.

A banda ROTA 77 mostra o melhor do rock nacional e internacional. Os amigos Eduardo Avance (vocal), Adilson (baixo), Álvaro Wicher (bateria), Adrien (guitarra solo) e Marcos Paulo (guitarra base), de Novo Horizonte, formaram a banda no ano passado. Para contar um pouco da trajetória da banda, dos planos e da relação deles com o mercado e com público, convidei o Marcos Paulo para dá uma palavrinha pra gente.
A banda foi uma idéia de "juntar amigos que gostavam de música" ou os integrantes foram unidos por causa da banda?
Um pouco das duas coisas, a banda já era um projeto do Eduardo Avance (Vocalista) e do Álvaro Wicher (Baterista), que me chamaram para tocar com eles, no começo éramos apenas em quatro integrantes, um vocalista, um baterista, um baixista e um guitarrista. Conforme as coisas foram acontecendo e tudo começou a dar certo, chamamos a Adrien (Guitarrista solo) e colocamos um nome à banda.

Vocês se dedicam somente à música, ou a banda é apenas um hobby?
Todos os integrantes da banda exercem outra profissão fora dos palcos, mas fazemos da música nossa segunda profissão. Não apenas um hobby, mas levamos a sério a música e não descartamos a possibilidade de futuramente trabalharmos somente com isso.

Há planos de levar a banda para um mercado nacional?
Gravar cd com composições próprias, circular entre a mídia...Sim, estamos começando a trabalhar em nosso próprio repertório e em um futuro bem próximo pretendemos gravar nosso primeiro CD.

O que você acha dos blogs, sites de relacionamento e o Youtube para divulgar as bandas chamadas "underground" e dar a elas uma maior visibilidade?
Com a chegada da tecnologia e da Internet, muita coisa mudou em todos os ramos de atividades, e no meio musical não foi diferente. Hoje podemos contar com ótimas ferramentas como MySpace, Youtube, Orkut entre outras, que divulgam o trabalho de uma banda por toda a rede e isso ajuda muito as novas bandas. Você grava uma musica hoje e amanhã 10 mil pessoas poderão estar ouvindo ela na Internet. Isso é bem bacana.

O repertório de vocês é bem eclético, indo do rock nacional ao internacional. Como você acha que o público recebe essa mistura?
Caso haja intenção de gravar, continuaram a mesclar idiomas?Na verdade, como começamos apenas por um hobby, não tínhamos musicas próprias, por isso tocávamos e ainda tocamos músicas de todas as bandas de rock nacional e internacional que gostamos. Esse tipo de mistura é bem comum em bandas que não tocam com repertório próprio, mais pretendemos gravar nossas próprias composições em português.

Existem bandas brasileiras de rock, como o Dead Fish, que optaram por cantar em inglês. Você acredita que essa "moda" pode pegar no Brasil; que o público tem boa receptividade a isso?
Sim, não só pode como já pegou. Temos ótimas bandas como Shamam, por exemplo, que tocam em inglês e fazem muito sucesso aqui no Brasil e no exterior.

O cenário musical do rock brasileiro, hoje, tem grandes exemplos em quem se inspirar, ou são as bandas antigas, que hoje pouco produzem, que ainda são a inspiração dos iniciantes no meio musical?
Com certeza hoje temos novas bandas que já fazem um ótimo trabalho e contribuem bem para a música nacional, servindo de inspiração para muitos músicos. Mas as bandas clássicas como Legião Urbana, Barão vermelho, Capital Inicial, entre muitas outras bandas que fizeram ou ainda fazem história no cenário do rock nacional, são as principais fontes de expiração para novos trabalhos. Sem contar que são as bandas que ainda fazem muito sucesso, sendo que muitas delas já não produzem a algum tempo, como é o caso de Legião Urbana ou de Cazuza.

Na sua opinião, existe vida musical forte e com esperança de crescer fora do eixo Rio - São Paulo?
Sim, cada região marca muito seu estilo musical típico, mas justamente com a Internet, a musica já deixou de ter barreiras á muito tempo, e com isso, muitas bandas de axé fazem sucesso em São Paulo. Por exemplo, assim como bandas de rock tocam para um bom público na Bahia e com isso o cenário nacional fica cada vez mais intenso e todos nós ganhamos com isso.

E pra terminar, vale só fazer cover de artistas consagrados ou o público já pede uma nova "roupagem" dos grandes clássicos?
É sempre muito importante resgatar as músicas que fizeram sucesso com as bandas que marcaram história no cenário do rock nacional, por isso as bandas covers têm um grande valor no meio musical. Mas sempre é bom ouvir uma musica regravada por uma banda atuante, isso sustenta os grandes sucessos, impedindo que eles acabam sendo esquecido pelo público.

'E quem puder entender, que escute!

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